O prédio em Setúbal, onde se registou a explosão de gás, pode vir a ser parcialmente demolido. Segadães Tavares, engenheiro especialista em estruturas, explica que o processo de demolição é simples e não põe em perigo o resto dos andares.
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O prédio que ontem em Setúbal, no bairro do Monte Belo, sofreu uma explosão de gás propano pode vir a ser parcialmente demolido.
Mais de 40 famílias, que estão em dois hotéis da cidade e estão a receber apoio social e psicológico, ficaram desalojadas na sequência desta explosão.
O prédio vai ficar totalmente interditado até a recuperação do edifício estar concluída. Ao início da tarde, o coordenador da Protecção Civil de Setúbal revelava que os apartamentos atingidos pela explosão iam ser demolidos.
Pela manhã, os técnicos do LNEC fizeram uma primeira avaliação da estrutura mas a vistoria à estrutura do prédio ainda não terminou. Espera-se que sejam divulgadas as conclusões preliminares ainda durante a tarde desta sexta-feira.
Os três últimos andares, que ficaram quase destruídos por completo, vão ser demolidos. Quanto aos restantes andares, ainda estão a ser avaliados para perceber o que fazer.
O especialista em engenharia, António Segadães Tavares, explica à TSF que a estrutura do edifício não ficou afectada por esta explosão. «Como foi uma explosão de gás, cria uma pressão do interior para fora, o que faz com que a estrutura do edifício não seja afectada», salienta.
O especialista explica ainda como é que é feita a remoção dos andares de cima: «Primeiro fractura-se em pequenos pedaços - com martelos, com lança-chamas, e outras técnicas - e depois removem-se os destroços como em qualquer obra».
Galp nega qualquer responsabilidade
Moradores do prédio têm feito uma ligação entre a explosão de ontem e o facto do edifício estar a ser preparado para mudar o abastecimento de gás propano para gás natural.
No entanto, em comunicado emitido esta tarde, a Galp Energia faz questão de lembrar que a empresa apenas é responsável pela rede de abastecimento no exterior, até ao limite da válvula de corte geral que estará fora do prédio, sendo a rede interna, depois da porta do prédio, da responsabilidade do condomínio.