A líder conservadora alemã, Angela Merkel, anunciou esta segunda-feira que vai ser a próxima chanceler da Alemanha e presidir a um Governo de coligação com os sociais-democratas, em que o seu partido (CDU) ficará com seis Ministérios. Entretanto, Gerhard Schroeder anunciou que não fará parte do próximo Governo.
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«Decidimos iniciar negociações formais com o SPD para uma coligação. A União (os dois partidos democratas-cristãos, CDU e CSU) ocupará a Chancelaria. A União e o SPD terão o mesmo número de membros no governo», disse Merkel em conferência de imprensa.
A primeira mulher que irá chefiar um governo federal na Alemanha, se as negociações para um governo de coligação chegarem a bom termo, adiantou que a União terá seis ministérios e o ministro da Chancelaria federal, e o SPD oito ministérios.
A vencedora das legislativas antecipadas de 18 de Setembro deixou também claro que «não há alternativa ao curso das reformas na Alemanha».
Na opinião de Merkel, o desemprego, que atinge quase cinco milhões de pessoas, e o défice orçamental alemão, que tem ultrapassado os três por cento e violado o Pacto de Estabilidade da União Europeia, desde 2001, serão dois dos grandes problemas que o futuro governo de coligação terá de superar.
Schroeder ausente do novo Governo
Entretanto, o chanceler alemão Gerhard Schroeder anunciou que não fará parte do próximo Governo de coligação com os democratas-cristãos (CDU/CSU), chefiado pela sua rival Angela Merkel.
«Isso não faz parte dos meus planos de vida», disse Schroeder durante uma reunião da direcção nacional do SPD, em Berlim, segundo vários participantes citados pela imprensa alemã.
Anteriormente, tinha havido especulações de que Schroeder poderia permanecer no futuro Governo de Angela Merkel como vice-chanceler, após insistência de vários quadrantes do SPD.