O eclipse do Sol em Angola e Moçambique foi vivido com curiosidade, emoção e algum receio. Durante a manhã, as pessoas ficaram em casa, assistindo a uma «noite diferente», que até trouxe algum frio.
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Em Angola, foi a cidade do Sumbe, no Cuanza Norte que registou escuridão total, transformando a manhã na noite mais pequena do mundo.
Dezenas de cientistas, centenas de estrangeiros e milhares de angolanos deslocaram-se ao Sumbe para assistir ao fenómeno, mas também a Luanda, onde a Lua tapou 96,1 por cento da superfície do Sol.
Na capital angolana, as pessoas transferiram-se das ruas para os terraços. Aliás, em todo o território de Angola, as pessoas optaram por ficar em casa a ver fenómeno.
O final do eclipse permitiu afastar os receios dos que acreditavam que o acontecimento poderia trazer o fim do mundo ou a chegada de Jesus Cristo, como chegou a anunciar uma congregação religiosa.
Moçambicanos com frio
Em Moçambique, o eclipse foi visível quase na totalidade e a população permaneceu em casa, acabando frustrada porque pensava que ia ficar mais escuro.
A tolerância de ponto dada pelo governo e o fecho dos estabelecimentos comerciais deixaram os moçambicanos em casa com algum receio dos efeitos que o fenómeno poderia causar.
A vasta campanha de informação e advertência sobre a possibilidade de riscos para a saúde não foi compatível com o número de óculos especiais utilizados. Numa população de 17 milhões de habitantes, apenas foram colocados à venda 25 mil pares de óculos, ao preço de 550 escudos (50 mil meticais).
Na cidade da Beira, a falta de luz solar (99 por cento) chegou a provocar uma quebra de temperatura, fazendo com que algumas pessoas chegassem a tremer de frio.