«Antígona», uma das mais conhecidas tragédias gregas, vai subir ao palco do Teatro Romano, durante a 49ª edição do Festival de Teatro Clássico de Mérida, de 14 a 17 e de 21 a 23 de Agosto, às 23:00.
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A peça que vai subir ao palco, sob a direcção de Eusébio Lázaro (na foto), é uma adaptação efectuada por Memé Tabares sobre a versão que Jean Anouilh fez em 1944 da famosa tragédia de Sófocles.
Produzida pelo Festival de Teatro Clássico de Mérida, conta com a interpretação principal de Maria Fernanda d'Ocon e José Sancho, e tem como ponto de partida a versão do autor francês, que adquiriu grande popularidade na Europa do pós-guerra.
«Antígona» é um dos dramas clássicos mais vezes representado no teatro e conta a história de uma mulher condenada à morte (a heroína, Antígona), que comete suicídio por lhe ver negado o direito de sepultar um irmão, sem saber que, entretanto, o responsável pela sua prisão decretara a sua libertação.
A obra de Sófocles converte a tragédia grega num drama poético e a heroína numa mulher forte e decidida, bem como romântica e sensível. Jean Anouilh, por seu lado, actualiza o mito e faz a exaltação da morte contra um sistema perverso.
A comparação do sacrifício feito por homens e mulheres contra a injustiça como alguns dos mais trágicos acontecimentos da história da humanidade do século XX torna-se inevitável.