Setenta dos 600 trabalhadores despedidos pela multinacional de calçado C&J Clarks, em Castelo de Paiva, tentam reconstruir a vida através do artesanato por conta própria.
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Pelo menos 70 dos 600 antigos trabalhadores da C&J Clarks vão solicitar ao Centro de Apoio à Criação de Empresas espaços e apoio técnico para iniciarem uma nova actividade por conta própria ou em cooperativas, na área do artesanato, revelou hoje António Rocha, presidente do Centro Social de Sardoura.
O encerramento da multinacional de calçado afectou fortemente a região de Castelo de Paiva, já que representou a perda de um terço do emprego industrial da região.
«Face a estas circunstâncias, tivemos a preocupação de reconverter profissionalmente estas pessoas para a área de saberes tradicionais, quase perdidos na região, o que lhes pode garantir boas saídas profissionais», afirmou António Rocha à agência Lusa.
Os antigos trabalhadores da C&J Clarks participaram em cursos de 400 horas na área do artesanato cerâmico. Os seus trabalhos estão patentes numa exposição pública até ao próximo dia 17 no posto de turismo e estabelecimentos comerciais da região.