O empresário António Araújo foi indiciado por cinco crimes de corrupção desportiva activa viu-lhe ser aplicado um termo de identidade e residência na sequência do caso «Apito Dourado». A juíza Ana Cláudia Nogueira aplicou ainda várias proibições ao empresário, bem como uma caução de 100 mil euros.
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António Araújo foi indiciado de cinco crimes de corrupção desportiva activa, na sequência da segunda fase do processo «Apito Dourado», anunciou o Tribunal de Gondomar.
O empresário, um dos cinco detidos na quinta-feira no âmbito deste caso, viu ainda ser-lhe aplicado um termo de identidade e residência, bem como uma caução de 100 mil euros, a liquidar no processo de 10 dias.
A juíza Ana Cláudia Nogueira decidiu ainda proibir o empresário de frequentar o «Estádio do Dragão ou qualquer casa de alterne onde se pratique prostituição», bem como de se ausentar do país, tendo mesmo sido obrigado a entregar o seu passaporte na secretaria do tribunal até segunda-feira.
António Araújo ficou ainda proibido de contactar Pinto da Costa, Augusto Duarte, Jacinto Paixão, José Chilrito, Manuel Quadrado, Pinto de Sousa e Francisco Costa e «ainda quaisquer outros árbitros de futebol, dirigentes do FC Porto e da SAD do FC Porto, bem como mulheres que se dediquem à actividade de alterne e de prostituição».
O Tribunal de Gondomar explicou ainda que foi restituída a liberdade a Pinto da Costa «tendo em conta a previsibilidade da demora da interrogação de António Araújo e porque é sexta-feira».
Ana Cláudia Nogueira entendeu ainda que havia «desnecessidade do prolongamento da detenção face à apresentação voluntária e espontânea do arguido à Justiça e previsibilidade de idêntica conduta em relação à data designada para o seu interrogatório judicial», marcado para terça-feira.