Os dirigentes nacionais do PSD querem que os deputados da assembleia municipal de Lisboa votem contra um empréstimo de 500 milhões de euros que António Costa considera essencial para saldar as dívidas de curto prazo com os credores. António Costa tem três dias para convencer os sociais-democratas a mudar o sentido de voto.
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A reunião da assembleia municipal é na terça-feira e António Costa não exclui nenhuma possibilidade, incluindo a sua demissão, se o PSD chumbar o empréstimo.
António Costa diz que o PSD está contra porque está mal informado, e vira-se contra a direcção nacional do partido: «Esta posição da direcção nacional do PSD só se pode justificar com o desconhecimento quer do processo, quer dos termos concretos da proposta».
«Ainda hoje vi uma declaração do presidente da distrital a dizer que isto aumenta o défice. Não aumenta o défice, nem aumenta o endividamento, simplesmente transfere a dívida dos fornecedores para a banca», salienta o autarca.
O presidente da câmara justifica o empréstimo à banca de 500 milhões de euros que o município de Lisboa quer fazer: «O montante não é arbitrário, é o montante que resulta do relatório de contas e foi aprovado na assembleia municipal onde o PSD tem a maioria».
Para António Costa, o empréstimo é peça fundamental para o saneamento financeiro da câmara de Lisboa, como já explicou aos autarcas do PSD.
António Costa espera, por isso, «bom senso» dos eleitos pelo PSD em Lisboa, mesmo que contrariem a vontade da direcção nacional laranja que, já esta semana, teve encontros com deputados municipais no sentido de orientar esses autarcas a votarem contra o empréstimo.