A Associação dos Profissionais da Guarda não está surpreendida com o facto de o militar da GNR que disparou sobre um automóvel em fuga, provocando a morte de um dos ocupantes, só ter disparado cinco tiros com a arma que usava no treino de praças. José Manageiro alerta para a falta de formação dos profissionais.
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O presidente da Associação dos Profissionais da Guarda disse, esta quarta-feira, não estar surpreendida com a notícia do jornal «Público», que dá conta que o militar da GNR que disparou ontem sobre um automóvel em fuga, matando um dos ocupantes, apenas tinda disparado cinco tiros no treino de praças.
«A frequência do treino de tiro é mínima. Há elementos da GNR que, durante um ano, não fazem treino de tiros, pelo que é possível que isso tenha acontecido», afirmou José Manageiro.
Apesar de referir que desconhece os motivos que estão por detrás desta situação, José Manageiro disse não compreender a existência de cortes orçamentais em áreas fundamentais para o funcionamento de uma força de segurança, como é o caso da formação.
O «Jornal de Notícias» avança hoje que o militar da GNR que alvejou dois jovens durante uma perseguição policial a um automóvel em fuga foi detido.
De acordo com o jornal, o militar «está indiciado por um crime de homicídio simples com dolo eventual e por outro crime do mesmo género, mas na forma tentada».