As previsões das contas da Câmara Municipal de Lisboa para o ano de 2001 foram hoje aprovadas no valor de 154 milhões de contos. O orçamento teve os votos contra do PSD e do CDS/PP.
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O orçamento do Câmara de Lisboa para 2001 foi hoje aprovado com os votos contra do PPD/PSD e CDS/PP. Estes partidos criticam os 23,2 milhões para «Aquisições e Serviços Correntes» e alegam que parte da despesa poderá servir para a campanha eleitoral.
Os sociais democratas apresentaram uma proposta que visava um corte de 2,9 milhões de contos da despesa das «Aquisições e Serviços Correntes», alegando que «esta rubrica vai servir para a realização da campanha eleitoral. Já sabia que a proposta ia ser aprovada, agora tenho a certeza de que esta rubrica vai ser usada como meio de propaganda nas próximas eleições autárquicas», disse Vítor Reis, vereador do PSD.
«Além disso, o orçamento para 2000 foi de 134 milhões de contos, aumentando este ano para 153,5, o que corresponde a um crescimento de 19 milhões de contos. A Câmara quis criar a ideia de que estava com dificuldades, o que é falso », acrescentou.
A proposta relativa à taxa da Contribuição Autárquica foi também aprovada por maioria, apesar dos votos contra do PSD e CDS/PP. A proposta do vereador das finanças, Fontão de Carvalho era de 1,1 por cento para 2001 e os dois partidos que votaram contra pretendiam reduzi-la para 0.8 e 1 por cento respectivamente.
«O CDS/PP demonstrou que era possível reduzir o valor desta taxa, que sobrecarrega os jovens e as famílias de classe média, não permitindo a sua fixação em Lisboa, ao contrário daquilo que seria uma política correcta de dinamização e modernização da mesma", disse o vereador do CDS/PP, Manuel Andrade.
Além disso, «a proposta do PSD de redução para 0,8 por cento era irrealista, pois a redução de cada ponto equivale a uma perda de quase um milhão de contos» afirmou ainda.
O Plano de Actividades, que registou em 2000 a dotação global de cerca de 100 milhões de contos e que para 2001 tem previstos 105 milhões de contos, foi também aprovado por maioria, com os votos contra do PSD e CDS/PP.