Depois de um mês no Egipto, a equipa de arqueólogos portugueses descobriu uma estela em calcário com baixos relevos e hieróglifos. Um achado importante segundo os especialistas.
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Depois de um mês de escavações no Egipto, a equipa de oito arqueólogos portugueses já descobriu uma estela em calcário com baixos relevos e hieróglifos, considerada o achado mais importante até agora, segundo os especialistas.
Numa primeira análise, a responsável do projecto, Maria Helena Trindade Lopes crê tratar-se de uma estela da XIX dinastia do Império Novo (1263 a.C.-1185 d.C.).
A expedição portuguesa encontra-se na zona de Kôm Tumân, perto de Mênfis, no palácio do Faraó Apries, que reinou no Egipto entre 589 e 570 a.C..
Os arqueólogos lusos descobriram também «antigas estruturas e cerâmicas» e alguns objectos de luxo, como uma «tacinha de mármore».
«Uma das estruturas descobertas é a de um muro muito próximo do Palácio que inicialmente pensámos ser um contraforte mas que nos inclinamos agora que seja um muro de defesa», acrescentou a responsável do projecto.
A equipa portuguesa está a ser apoiada por oito trabalhadores egípcios e desde quarta-feira pelo egiptólogo francês Pascal Vernus.
Esta primeira fase termina a 1 Junho, voltando os portugueses ao Egipto em Outubro «para trabalhos de catalogação, algumas burocracias, nomeadamente a autorização para a construção de um armazém, e investigação bibliográfica».
A «aventura portuguesa» na terra dos faraós deverá terminar em finais de 2004.