O Parlamento da Madeira discute, esta terça-feira, uma moção de censura ao Governo Regional, apresentada pelo PCP, que acusa o executivo de Alberto João Jardim de ter mentido e ocultado informação relevante sobre a realidade insular.
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A Assembleia Legislativa da Madeira discute, esta terça-feira, uma moção de censura ao Governo Regional de Alberto João Jardim, apresentada pelo PCP da Madeira.
A moção, a primeira dirigida a João Jardim em 30 anos, acontece na sequência de um requerimento dos deputados do PCP-Madeira que acusam o executivo madeirense de ter mentido e ocultado informação relevante sobre a realidade insular.
«Muitas seriam as razões para dar fundamento a esta moção de censura, mas desde logo se impõem três: ocultação de informação relevante para o interesse regional, o ataque ao Parlamento e aos parlamentares e o desrespeito por aquilo que está no regimento quanto às obrigações do Governo Regional perante a Assembleia», disse o líder do PCP-Madeira.
Edgar Silva lamentou também o tempo para discussão no Parlamento Regional, já que o partido tem apenas dez minutos para apresentar a moção.
«No anterior regimento, o grupo oponente dispunha de 1:30 na abertura, mas no actual regimento esse tempo passou para 30 minutos. Como isso não bastasse, o PSD impôs um regimento de excepção só para esta sessão de moção de censura», criticou.
Para o comunista, esta alteração, entre outros «aspectos caricatos», consiste numa «deturpação total do normal funcionamento do parlamento».
O plenário do Parlamento Regional vai ainda discutir, também por proposta do PCP, a pobreza e a exclusão social na Região Autónoma da Madeira.