A Assembleia-geral da Galp Energia foi interrompida esta manhã, a pedido dos accionistas Estado e ENI. Em discussão está a separação da empresa da fileira do gás.
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A Assembleia-geral da Galp Energia foi interrompida esta manhã, a pedido dos accionistas Estado e ENI, avançou José Penedos, presidente da Rede Eléctrica Nacional, sem avançar motivos para o sucedido.
Segundo um accionista presente na AG, a reunião, com início marcado para as 11:00 TMG, foi interrompida 15 segundos após o seu início e deverá ser retomada às 18:00 TMG.
A AG está a deliberar sobre a reestruturação do sector energético em Portugal e que passa pela separação do negócio do gás da Glap Energia para ser colocado na EDP.
Segundo a agência Lusa, o representante habitual do accionista Estado, Paulo Pinho, foi hoje substituído na AG por um jurista do escritório de advogados Saragga Leal, João Nuno Riquito.
Fonte ligada ao processo, citada pela Lusa, avançou que esta substituição poderá indiciar que já existe acordo entre a Eni e o Estado, faltando apenas acertar detalhes legais.
Recorde-se que a última assembleia, a 24 de Outubro, foi adiada a pedido da petrolífera italiana com o argumento que as negociações directas entre os accionistas ainda não estavam finalizadas.
A Eni tem um papel importante na reorganização empresarial do sector energético português na medida em que, com 33,34 por cento do capital, detém uma minoria de bloqueio na Galp Energia.
Com a reestruturação da Galp Energia, a Eni vê reduzida a posição que detém na petrolífera portuguesa.
As acções da EDP seguiam a subir 1,48 para 2,06 euros.