Fernando Ruas classifica o Orçamento de Estado do próximo ano como um «mau orçamento» para as autarquias. O presidente da Associação nacional de Municípios alega que significa também uma «machadada» na credibilidade do governo na maneira como lida com as câmaras.
Corpo do artigo
O presidente dos municípios afirmou, durante o debate, que a proposta da Lei das Finanças Locai e do Orçamento de Estado, além de ser uma «machada na coesão territorial» é «extremamente centralista».
«Há situações que o Governo nos colocou e que para ele não toma as mesmas medidas», disse Fernando Ruas aos jornalistas no final de um debate de cerca de duas horas com as comissões parlamentares de Orçamento e Finanças e do Poder Local Ambiente e Ordenamento do Território.
Na comissão de Orçamento e Finanças, esta manhã, o presidente da Associação Nacional de Municípios ouviu ainda o deputado do PS, Pita Ameixa, a fazer elogios à lei das Finanças Locais.
O autarca respondeu com ironia, convidando o deputado a regressar ao Trabalho autárquico. «Se a Lei das Finanças Locais e Orçamento de Estado são tão bons, o deputado Pita Ameixa não devia ter deixado a vida autárquica», disse o presidente da ANMP.
Fernando Ruas contesta por exemplo os 7 mil e 200 milhões de euros previstos no orçamento para o endividamento da Administração Central, quando ás câmaras é exigido Endividamento zero.