O presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas lembrou o Governo que os pilotos da Força Aérea necessitam de melhores condições de trabalho, para não fugirem para a aviação comercial, como melhores salários e prémios.
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O presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) lembrou, esta sexta-feira, ao ministro da Defesa que os pilotos da Força Aérea necessitam de melhores condições de trabalho para não fugirem para a aviação comercial.
«Não se trata apenas de uma situação remuneratória, mas também de um conjunto muito amplo de circunstâncias, entre as quais a taxa de esforço a que os pilotos estão submetidos», já que, por exemplo, «há tripulações que passam metade do ano longe das famílias», disse à TSF o tenente-coronel Alpedrinha Pires.
O representante dos oficiais das Forças Armadas lamentou também que o Governo se tenha preocupado em fixar um limite para a saída dos pilotos do quadro da Força Aérea de oito para doze anos, mas não tenha tido «a mesma preocupação em relação àqueles que mais rapidamente estão disponíveis, que são os pilotos contratados».
Para Alpedrinha Pires, para além de o Executivo aplicar «medidas de natureza negativa e impeditiva», como a fixação do novo limite para a saída dos pilotos, deveria aplicar «medidas de natureza positiva», que «podem ser prémios de retenção ao longo da carreira ou aumentos dos suplementos de qualificação aérea».
Estas sugestões surgem na sequência de o ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, ter admitiu dificuldades em impedir a saída de pilotos da Força Aérea para as companhias de aviação.