Dias da Cunha volta a falar da corrupção no futebol. O presidente do Sporting diz que o caso «Apito dourado» não é a ponta do iceberg e avisa que o associativismo desportivo é ainda mais grave do que os problemas de arbitragens.
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Numa intervenção que foi além do que o tema das arbitragens, Dias da Cunha deixa um grito de alerta ao próximo Governo, sublinhando que o associativismo é uma «droga» para o futebol português.
«Estamos a entrar num período de eleições, em que os partidos vão ter que escrever os seus programas e eu lanço um apelo: é fundamental que se enfrente o problema do futebol profissional, e fundamental que os políticos não esqueçam a importância do futebol profissional e que se acabe com o álibi do associativismo, que é uma droga que nós temos», afirma.
Além disso, acrescenta Dias da Cunha, a operação «Apito Dourado» não revela sequer a ponta do iceberg, servindo apenas para camuflar assuntos mais graves: «É minha convicção que as operações como a 'Apito Dourado' não são mais do que uma desculpa para quem está muito contente com o sistema em que vivemos».