Vários ataques feitos esta quinta-feira de madrugada contra alvos civis e militares resultaram na morte de 16 pessoas. Sete das pessoas mortas foram carbonizadas na sequência de um ataque feito a um autocarro na zona Norte da cidade.
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Pelo menos 16 pessoas morreram e 23 ficaram feridas após ataques feitos contra alvos civis e militares no Rio de Janeiro, ataques feitos a poucos dias das comemorações do Ano Novo, altura em que a cidade receberá cerca de dois milhões de pessoas.
Perto de uma favela da zona Norte do Rio, sete pessoas morreram na sequência de um ataque feito a um autocarro com 28 pessoas a bordo e que vinha do vizinho Estado de Espírito Santo, um ataque que terá sido feito por oito homens fortemente armados.
Há ainda notícia de outros três autocarros que ficaram incendiados na zona Oeste da cidade, perto de uma das maiores prisões de alta segurança do Rio, área em que também se verificaram trocas de tiros entre traficantes e polícias.
As autoridades indicaram ainda que pelo menos cinco esquadras de polícias foram alvo de tiros, tendo outras seis viaturas policiais sido incendiadas.
Até ao momento, a Polícia Militar confirmou a morte de dois dos seus agentes, tendo para já anunciado a detenção de pelo menos três suspeitos de estarem ligados aos ataques aos autocarros.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, os ataques levadas a cabo durante a madrugada desta quinta-feira estavam já a ser planeadas há dois meses por criminosos, alegadamente em retaliação por acções policiais em algumas favelas.
Estes ataques poderão ter sido coordenados por elementos ligados ao Comando Vermelho, acções que são semelhantes às que foram organizadas também este ano pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) e que resultaram na morte de 186 pessoas e em dezenas de feridos.
O PCC não actua no Rio de Janeiro, mas a polícia diz que alguns grupos de traficantes da cidade estão ligados ao grupo criminoso de São Paulo.