Evitar que piratas do ar utilizem aviões comerciais como mísseis torna-se agora mais fácil, depois de um aparelho ter aterrado, com sucesso, numa base militar do Novo México pilotado apenas por controlo remoto.
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A aterragem do avião em Agosto, foi possível graças à tecnologia de posicionamento global, conhecida por GPS (Global Positioning System). Estas técnica permite que se sejam efectuados cálculos de navegação de alta precisão.
As autoridades norte-americanas e companhias aéreas de todo o mundo estão a colocar a hipótese de explorar esta tecnologia como forma de dar mais segurança às viagens aéreas. Mas peritos e sindicatos colocam um problema: não é boa ideia transferir a responsabilidade final da aterragem do cockpit para controladores em terra.
Mas as dificuldades não ficam por aqui. Os problemas de implementação destas novidades técnicas, como explica um quadro da Boeing, «é muito mais um problema de autoridade do que tecnológico».
Apesar disso, a Boeing está a encarar a hipótese de monitorizar os cockpits e as cabinas dos aviões a partir da terra e montar sistemas de pilotagem à distância. A empresa pensa que com isto seria possível evitar situações como aquela que os Estados Unidos viveram recentemente (com os atentados suicidas de 11 de Setembro).
O anuncio do sistema «Connexion» foi feito pelo presidente da companhia, Phil Condit, que explicou que o sistema consiste na instalação de um circuito interno de televisão, permanente, entre o aparelho e uma central na terra.
O principal objectivo é fiscalizar o interior dos aviões comerciais, mas o sistema «Connexion» permite também um acompanhamento mais rigoroso dos movimentos dos aviões.
A longo prazo, a Boeing não exclui a possibilidade de utilizar a rede de comunicações «Connexion» parta instalar sistemas de pilotagem à distância que permitam substituir pilotos de linha aérea impedidos de exercer as suas funções.