A Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC) considera a atribuição do Prémio Nobel da Paz ao Banco Grameen, do Bangladesh, e ao seu fundador uma oportunidade para dar a conhecer esta forma de superar a pobreza.
Corpo do artigo
De acordo com o presidente da ANDC, a atribuição do Nobel da Paz representa «uma grande notícia não pelos indivíduos que estão a trabalhar no microcrédito, mas para aqueles que beneficiaram dele e, sobretudo, para os que vierem a beneficiar deste instrumento de superação da pobreza».
«Este prémio vai fazer chegar informações sobre o microcrédito a muitos mais do que aqueles que já ouviram falar dele, permitindo o conhecimento sobre esta forma de crédito para fugir à pobreza e aceder a um emprego sustentável por meios que não são os tradicioanis», sublinhou Manuel Brandão Alves.
O responsável disse ainda que «os meios tradicionais de crédito mantêm as pessoas vivas, mas não lhes permitem sair da pobreza, enquanto o microcrédito permite-lhes saltar da pobreza para uma vida diferente, criar o seu próprio emprego e ter uma vida nova».
O microcrédito é um instrumento de combate à pobreza e exclusão social, que valoriza a capacidade de iniciativa na criação de condições de desenvolvimento de pequenos negócios, a fim de permitir a inserção no mundo do trabalho.
Também o presidente da PME-Portugal, Joaquim Cunha, disse estar «surpreendido», mas também «muito satisfeito» com a escolha do Prémio Nobel da Paz.