As autoridades marítimas ainda não temem o derrame de combustível que se encontra no navio «Corvo», apesar de haver receios de que a forte ondulação possa quebrar o navio ao meio, gerando uma maré negra
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As autoridades marítimas ainda não temem o derrame de combustível que se encontra no navio «Corvo», encalhado desde sexta-feira no largo da Graciosa.
Mas os receios de uma maré negra aumentam, embora não haja sinal de derrame, visto que a ondulação também aumentou.
O navio corre agora o risco de se partir ao meio e provocar uma maré negra.
Começa a tornar-se cada vez mais difícil chegar perto do navio encalhado, devido ao estado do mar, que piorou nas últimas horas na zona da Graciosa.
O comandante do porto de Angra do Heroísmo, Areias Figueiras, afirma que o «pessoal da Junta Autónoma de Angra do Heroísmo já teve uma acção de formação para a prevenção e combate à poluição», prevendo-se o pior, apesar de não haver sinal de maré negra.
Mais preocupados estão alguns habitantes da Graciosa. É que algumas das prendas de Natal vinham nesses contentores que estão no barco, assim como as iguarias para a noite de Natal.
Para além dos receios da poluição, para já sem fundamento, nos 80 contentores do navio «Corvo», estavam as encomendas quinzenais que abastecem a Graciosa e entre elas as prendas de Natal.
Para os cinco mil habitantes da Graciosa, não vai ser um Natal dramático. O bacalhau chega de avião, como habitualmente. Alguns comerciantes contactados pela TSF não estão preocupados e garantem que não vai haver ruptura de «stock».
O proprietário das organizações Filnor, um dos principais supermercados da ilha, Norberto Machado, vende um pouco de tudo. Para este comerciante «já não há nada a fazer, a carga está perdida».
Para quem já tem tanta experiência, não há mesmo dúvidas nenhumas, os seguros já foram accionados, resta agora esperar pelos próximos navios.