A alimentação das crianças a partir do primeiro ano de vida pode determinar o risco de doença coronária no futuro, segundo um relatório publicado na última edição da revista britânica «British Medical Journal».
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De acordo com um estudo publicado na revista britânica «British Medical Journal», a alimentação das crianças no primeiro ano de vida, é muito importante e determinante quanto ao risco de doenças coronárias no futuro.
O estudo mostra que os rapazes que nascem magros e ganham peso rapidamente a partir de um ano de idade, têm mais probabilidades de desenvolver doenças de coração quando chegam à idade adulta.
Pelo contrário, estimular o aumento de peso antes do primeiro ano de idade, pode reduzir este risco, segundo o relatório elaborado por cientistas da Universidade de Southampton (sul de Inglaterra) e do Instituto de Saúde Pública de Helsínquia.
A investigação foi realizada em 4500 homens nascidos na capital da Finlândia, entre 1934 e 1944, e que, mais tarde, desenvolveram doenças do coração.
Os cientistas David Baker e Johan Eriksson, autores da investigação, afirmaram que a quantidade de gordura no corpo, relativamente ao músculo, poderia explicar o aumento do risco de doença coronária.
Ganhar peso rapidamente a partir do primeiro ano de vida, pode levar a uma proporção alta de gordura comparada com a quantidade de músculo, um factor que teria como consequência o aparecimento de doenças coronárias.
Estas descobertas «permitem-nos estimar os benefícios de uma alimentação correcta nas crianças durante os primeiros anos de crescimento», afirmou Baker.
«Se nenhum dos homens que estudámos fosse magro na altura do nascimento, e se todos tivessem alcançado a estatura e peso médio ao ano, o número de homens com doenças coronárias situar-se-ia em metade do valor registado», assegurou o investigador.
O director médico da Fundação britânica do Coração, Charles George, declarou que estas são «descobertas chave, que fornecem mais provas sobre a importância que tem para o futuro a nutrição nos primeiros anos de vida».