O julgamento da rede de corrupção da administração fiscal, com início marcado para esta quinta-feira, foi adiado devido à ausência de dois arguidos. A nova data ainda não está decidida.
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A ausência de dois dos arguidos daquele que foi apelidado de «mega-processo» contra a corrupção na administração fiscal levou ao adiamento do início do julgamento marcado para esta quinta-feira, no Tribunal da Boa Hora em Lisboa.
Uma nova data ainda não foi definida mas deverá ser marcada, o mais tardar, para Março de 2005, afirmou o juiz.
Carlos Manuel Paiva Lopes e Marília do Rosário Abreu não compareceram no Tribunal da Boa Hora. Para o primeiro dos arguidos, o juiz decretou a prisão preventiva, por estar em parte incerta. No segundo caso a arguida alegou motivo do foro psiquiátrico para a ausência, situação que será analisada mais em pormenor pelo magistrado.
Na lista de razões para o adiamento está, também, a exigência por parte do juiz em assegurar um colectivo de magistrados exclusivamente vinculado a este julgamento
Outro dos elementos para o adiamento foi a necessidade da audiência ser transferida para uma sala do Tribunal de Monsanto, onde serão realizadas as sessões, o mais tardar em Março de 2005.
Rui Canas, o principal arguido e ex-funcionário das Finanças cuja denúncia despoletou a investigação do caso, confessou, á saída do Ttribunal, sentir-se «injustiçado».
«Há demasiada corrupção na máquina fiscal, vou dizer toda a verdade, e denunciar outras pessoas que participavam neste processo», acrescentou à Lusa.
Dos 106 arguidos ouvidos ao longo do inquérito, apenas 16 vão sentar-se no banco dos réus.