O presidente da câmara de Peso da Régua discorda do encerramento das urgências do hospital local, que deixa de funcionar a partir das 00:00 desta sexta-feira. Nuno Gonçalves recorda que uma ambulância não pode fazer o trabalho de um hospital.
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O presidente da Câmara Municipal de Peso da Régua não concorda com o encerramento do serviço de urgência do hospital local, um encerramento que está aprazada para as 00:00 desta sexta-feira.
Ouvido pela TSF, Nuno Gonçalves explicou que com este fecho Peso da Régua perde uma «consulta de recurso que tínhamos no centro de saúde», bem como os dois médicos que trabalhavam em serviço de permanência.
O autarca lembrou que as mudanças que estão previstas vão fazer com que um médico faça o trabalho que estava a ser feito por três, uma decisão que Nuno Gonçalves entende ser «errada e irreflectida e irresponsável do Ministério da Saúde».
«Substituir de um momento para o outro um serviço que funciona 24 horas por uma ambulância... penso que não é solução», acrescentou o presidente da autarquia de Peso da Régua.
Nuno Gonçalves considerou ainda que existem outras alternativas à transferência dos doentes do Hospital D. Luís I para Vila Real.
«A solução seria a instalação de um serviço de urgência básico que daria em termos de proximidade uma clara assistência na urgência e na emergência», acrescentou.
O autarca frisou ainda que, na sua opinião, estas modificações promovidas pelo Ministério da Saúde «assentam em lógicas economicistas e naturalmente a saúde não pode pautar-se por este tipo de solução».