A Câmara Municipal de Lisboa resolveu responder,esta quinta-feira, nos jornais, aos críticos que acusam a autarquia de «despesismo». Os anúncios pagos servem para a Câmara esclarecer que gasta pouco dinheiro em publicidade.
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A Câmara Municipal de Lisboa comprou, quinta-feira, cinco páginas inteiras de publicidade nos jornais matutinos para concluir que «gasta menos» em promoção do que nos tempos do socialista João Soares.
Acusado pela oposição de gastar mais em publicidade do que o seu antecessor, Santana Lopes fez colocar um anúncio de página inteira no Público, Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Correio da Manhã e 24horas, para esclarecer que a autarquia não gasta dinheiro excessivo em publicidade comparando com as verbas despendidas pelo anterior executivo da coligação PS/PCP.
Fazer comparações é o principal objectivo dos dois anúncios publicados em páginas inteiras nos principais diários nacionais.
A Câmara de Lisboa esclarece que os anúncios e as campanhas com cartazes nas ruas cumprem apenas com o serviço público, ou seja, marcam a diferença com a «propaganda», a expressão usada nos anúncios e que era usada pela gestão de João Soares.
«Quem paga mais?», a pergunta feita no topo do anúncio de Santana Lopes, tem resposta imediata: «Hoje a Câmara de Lisboa gasta menos em publicidade», escreve o município.
Nos quadros dos valores, segundo a autarquia PSD, a Câmara gastou em 2000 e 2001 quase sete milhões de euros em publicidade contra os cerca de quatro milhões gastos por Santana Lopes nos últimos dois anos
Explicando que «prestar contas é um dever da administração pública e um direito do cidadão», o anúncio revela, ainda, que 90,3 por cento da publicidade gasta pela Câmara de Lisboa serviu para comunicar obra, enquanto os restantes 9,7 foram divulgar um serviço público.
Um outro anúncio publica uma foto de dois prédios em Sete Rios com 25 andares cada, um deles de um projecto aprovado no ano 2000, ou seja, pelo anterior executivo camarário.