O Boletim Oficial do Estado publicou, esta sexta-feira, as normas que estabelecem os limites máximos toleráveis de hidrocarbonetos aromáticos policiclicos, para que o azeite de bagaço possa voltar aos mercados espanhóis.
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No máximo, dois microgramas de hidrocarbonetos aromáticos por quilo de azeite, são as normas fixadas pelo Ministério da Saúde espanhol, publicadas esta sexta-feira, no Boletim Oficial do Estado ( BOE), para que seja permitida a venda de azeite de bagaço.
«A substância detectada neste tipo de azeite, produzido em Espanha há meia dúzia de anos pode ter efeitos cancerigenos em percentagens fora de determinados limites e períodos de tempo de consumo», refere o Boletim.
Em Junho, o Ministério da Saúde havia proibido a venda de azeite de bagaço de azeitona depois de detectar a presença de determinados hidrocarbonetos nos controlos aromáticos policíclicos que não procediam da biosistese na
azeitona e em concentrações que constituem um risco para a saúde.
Esta decisão provocou uma grande polémica entre consumidores, produtores, meios políticos, incluindo no próprio Governo, visto tratar-se da primeira detecção oficial e científica destes níveis, bem como da sua gravidade.
De acordo com o decreto real publicado, esta sexta-feira, os produtores vão ter de introduzir novas práticas para a elaboração destes azeites, de modo a reduzir o conteúdo de hidrocarbonetos não atribuíveis de forma natural na extracção do azeite de bagaço.
Os Ministérios da Saúde e da Agricultura já decidiram adaptar as técnicas aos conhecimentos das novas evidências científicas que consideram necessárias ao progresso.