O Banco Espírito Santo confirmou que estão bloqueadas por ordem judicial contas com um saldo de um total de 5,5 milhões de euros. Num comunicado, o banco português adiantou que «não oferece produtos financeiros que tenham por objectivo o incumprimento das obrigações ficais» dos seus clientes.
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O Banco Espírito Santo (BES) admitiu que foram bloqueadas por ordem judicial contas dos seus clientes nos balcões de Madrid e Barcelona com pelo menos 5,5 milhões de euros de saldo.
Num comunicado, a instituição bancária lembra que «nenhuma conta é opaca» e que as contas investigadas pela polícia espanhola são «contas correntes que foram abertas em conformidade com a legislação vigente».
O banco português adiantou ainda neste documento que «não oferece instrumentos fiscais ou produtos financeiros que tenham por objectivo ou finalidade o incumprimento das obrigações ficais» dos seus clientes.
Segundo fontes judiciais, as buscas policiais realizadas em Madrid e Barcelona, que na sede do BES, quer na sede do BNP-Paribas, terão a ver com uma outra busca feita em 2000 ao BBV-Privanza.
Estas fontes dizem que esta investigação procura averiguar a acção de uma rede que usa várias entidades financeiras, paraísos fiscais e gabinetes de advogados para «branqueamento de capitais, evasão fiscal e outros crimes fiscais».
Esta investigação, que também envolveu buscas na seguradora Cahispa, de Barcelona, e na sociedade de valores Cartera Meridional, tem por objectivo investigar a origem e canalização de fundos realizados por sociedades ou particulares, clientes das entidades, apurando igualmente se os bancos facilitaram «estruturas fiduciárias».