É uma «república de marajás». Francisco Louçã diz que os empréstimos feitos pelo Banco de Portugal a alguns administradores não são um bom exemplo. Para o líder do Bloco de Esquerda este gesto é um «abuso injustificado».
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O coordenador da Comissão Política Nacional do Bloco de Esquerda (BE), Francisco Louçã, classificou, hoje, o caso dos administradores do Banco de Portugal que contraíram empréstimos para si próprios como «uma República de marajás».
«No Banco de Portugal se faz o que em nenhum outro banco se pode fazer que é o administrador, porque decide, ser beneficiário de um empréstimo do próprio banco», disse Francisco Louçã na conferência de imprensa de encerramento das Jornadas Sociais/2007 do BE-Madeira.
«Não vou discutir a legalidade ou ilegalidade mas quero acentuar a falta de sensatez: então os administradores do Banco de Portugal querem, para si próprios, aquilo que eles, como supervisores dos outros bancos, têm que proibir aos outros bancos?», questionou.
«Isto é a república de marajás e é um abuso totalmente injustificado», comentou.
Louçã condenou também a fusão do BPI com o BCP bem como o perdão de dívidas a este banco por parte do filho de Jardim Gonçalves.