O Bank of America apresentou, esta terça-feira, uma queixa contra a Parmalat, devido à falsificação de documentos no âmbito do escândalo financeiro que envolve a empresa.
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Segundo noticiaram, esta terça-feira, as agências italianas Ansa e Radicior, os serviços jurídicos do Bank of America apresentaram a queixa junto das autoridades judiciais de Milão, onde está em curso uma investigação judicial por falsificação do balanço contabilístico, fraude agravada e manipulação do valor das acções.
Na sexta-feira, recorde-se, o Bank of America rejeitou a veracidade de um documento que atestava a existência de 3,95 mil milhões de euros numa filial da Parmalat - a Bonlat -, comprovando a existência de um buraco financeiro nas contas do grupo agro-alimentar e desencadeando a abertura de um inquérito judicial.
As autoridades italianas anunciaram hoje que estão a investigar a anterior administração da empresa, nomeadamente o fundador e anterior presidente executivo do grupo, bem como três dos seus directores financeiros, por suspeitas de manipulação contabilística, falsificação de documentos e prestação de falsas informações.
A investigação teve como ponto de partida a apreensão de documentos nas empresas Grant Thornton e Deloitte & Touche, responsáveis pela auditoria das contas do grupo.
Segundo os analistas, o buraco financeiro da Parmalat poderá ser superior ao estimado, uma vez que a empresa não consegue comprovar fundos de cerca de dez mil milhões de euros que estão registados nas suas contas.
O conselho de administração da Parmalat vai reunir-se, esta tarde, prevendo-se que a empresa apresente ainda hoje, em tribunal, um pedido de falência e protecção de credores.