O Bloco de Esquerda e «Os Verdes» fizeram saber ao Presidente da República que preferem a segunda quinzena de Março para a realização de eleições Legislativas. O PCP não apontou nenhuma data, mas Carlos Carvalhas defende que «um governo de gestão não se pode prolongar por muito tempo».
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O Bloco de Esquerda (BE) e os «Verdes» preferem a segunda quinzena de Março para a realização de eleições legislativas antecipadas e defenderam a sua posição, esta quinta-feira, junto do Presidente da República.
Jorge Sampaio ouviu em primeiro lugar os dirigentes do Bloco de Esquerda e até ao fim da manhã completa a ronda de audiências de 45 minutos com todos os partidos parlamentares sobre a dissolução da Assembleia da República.
Francisco Louçã, do BE, considerou no final da audiência ser «urgente dar o voto aos portugueses» para o esclarecimento da situação política depois do «colapso do Governo».
Louçã considerou ainda «qualquer data na segunda quinzena de Março» aceitável.
«Os Verdes»: nada de precipitações
Manuela Cunha, dirigente d' «Os Verdes», defendeu que «quanto mais tarde, no mês de Março ou início de Abril, melhor será» para dar tempo aos partidos de preparem as candidaturas e as propostas a apresentar.
Durante a audiência «Os Verdes» voltaram a sublinhar que as eleições antecipadas parecem ser a melhor solução para resolver a crise política, mas insistiram que não deve haver precipitação na escolha da data.
Comunistas querem tempo, mas não querem prolongar governo de gestão
Os comunistas foram também recebidos pelo Chefe de Estado, mas não apontaram nenhuma data concreta. O secretário-geral do partido, Carlos Carvalhas, defende «é preciso dar um espaço aos partidos, quer para a formação de listas, quer para a campanha eleitoral».
Carvalhas diz ainda que «um governo de gestão não se pode prolongar por muito tempo».
O Presidente Jorge Sampaio termina as audiências com os partidos cerca das 13:00 e reúne-se com o Conselho de Estado às 16:30.