O deputado do BE, Fernando Rosas, disse esta quarta-feira que o inquérito parlamentar proposto pelo partido sobre o «Envelope 9» visa apurar quem foram os responsáveis, na Portugal Telecom, pela divulgação da listagem de telefonemas de figuras do Estado.
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«Quem organizou, quem mandou, quem manipulou. Como é que esse ficheiro apareceu e com que fins. É nesse sentido que a nossa intervenção se vai fazer», afirmou o deputado bloquista, em conferência de imprensa, no Parlamento.
A direcção parlamentar do PS decidiu, terça-feira ,viabilizar a proposta do BE de constituição de uma comissão de inquérito sobre o «Envelope 9», uma listagem de telefonemas de titulares de órgãos de soberania anexa ao processo Casa Pia, que foi noticiada a 13 de Janeiro pelo jornal «24Horas».
Fernando Rosas afirmou que a investigação vai começar pela Portugal Telecom, argumentando que o objectivo é saber «quem da PT violou o dever de confidencialidade», «porquê e às ordens de quem».
O deputado do Bloco de Esquerda, partido que há algumas semanas tinha pedido a presença de Souto de Moura no Parlamento para o ouvir sobre o caso «Envelope 9», disse hoje que o BE ainda não decidiu se vai chamar o ex-Procurador-Geral da República (PGR) à comissão de inquérito.
«Vamos começar pela PT. Logo se verá. (à) Isto não é um ajuste de contas com o antigo PGR. Pedimos a vinda do PGR enquanto ele era Procurador. Já não é, não está em causa. Isto não é um ajuste de contas com o antigo Procurador», frisou.