Os bebés prematuros, que nascem com baixo peso e um menor desenvolvimento, mantêm algumas áreas chave do cérebro sem se desenvolver por completo até aos oito anos, segundo um estudo da Universidade de Yale, Connecticut.
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Os testes, realizados com bebés nascidos entre as 26 e 33 semanas de gestação, demonstraram que as diferenças no tamanho do cérebro com os bebés normais são muito significativas e afectam as funções sensoriais e motoras, assim como a inteligência.
Esta é a primeira ocasião em que se conseguiu medir, num estudo comparativo, o volume do cérebro dos bebés prematuros que, em média, nascem com cerca de um quilograma de peso.
O estudo confirma que, uma vez fora do útero da mãe, o cérebro do bebé não pode completar o seu desenvolvimento. Nem todos os bebés que nascem prematuros sofrem as mesmas deficiências, mas quanto menos permanecerem no ventre da mãe, maior é o risco.
Bradley Peterson, professor da Universidade de Yale e um dos investigadores nesta experiência escreveu no Journal of American Medical Association (JAMA) que a redução no volume do cérebro oscila entre 10 e 35 por cento.
No total, o estudo contemplou os casos de 25 bebés nascido de modo prematuro, aos quais foi medido o tamanho das áreas cerebrais através de técnicas de ressonância magnética.
Os resultados foram comparados com os de outros 37 bebés nascidos entre as 37 e 42 semanas, períodos considerados mais próximos da gestação normal ou média de um ser humano.