Bento XVI chega esta terça-feira à Turquia para aquela que é já considerada a visita papal mais arriscada dos últimos anos e a mais difícil desde que o papa assumiu a liderança da Santa Sé. A visita começa com um encontro com o primeiro-ministro turco que, inicialmente, não estava prevista.
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A visita começa com um encontro com o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, ainda no aeroporto, antes do chefe do governo turco partir para a reunião da NATO na Letónia.
O papa faz depois um percurso rigorosamente político visitando, em primeiro lugar, o Museu de Atatürk, em homenagem ao pai da Turquia moderna.
O primeiro dia da visita será ainda preenchido com um cumprimento ao presidente da república e com dois discursos a serem feitos quando se encontrar com o presidente dos assuntos religiosos e com o corpo diplomático.
Na quarta-feira, Bento XVI vai a Éfeso, ao santuário mariano Meryem Ana Evi, conhecido como a Casa de Maria, celebrando aí uma missa com a respectiva homilia. À noite, já em Istambul, o papa tem um encontro privado com o patriarca Bartolomeu I, o seu anfitrião.
Na quinta-feira, o tempo será passado em encontros com vários líderes religiosos, a saber os patriarcas arménio sírio-ortodoxo, o grão-rabino da Turquia e os bispos católicos.
Bento XVI participará ainda na divina liturgia ortodoxa, na Igreja Patriarcal de S. Jorge, onde fará um discurso e assinará uma declaração com o patriarca de Constantinopla.
A visita ao Museu de Santa Sofia, antiga igreja católica e mesquita, será o passo desta visita mais contestado pelos muçulmanos que prometem manifestações de protesto.
Na sexta-feira, antes de partir para Roma, o papa deixa a sua última homilia na missa que vai presidir na Catedral do Espírito santo em Istambul.