O empresário Joe Berardo ficou supreendido com a candidatura apresentada por Miguel Cadilhe ao Conselho de Administração Executivo do BCP. Berardo entende que a lista de Cadilhe não devrá ter grandes hipóteses, devido aos apoios já recolhidos pelo lista de Santos Ferreira.
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O empresário Joe Berardo confessou-se surpreendido pela apresentação de uma lista liderada por Miguel Cadilhe para o Conselho de Administração Executivo do BCP, lista que foi entregue no domingo.
O candidato à presidência do Conselho de Remuneração e Previdência do BCP diz estar curioso para ouvir o que tem o Banco de Portugal a dizer sobre esta candidatura, uma vez que um dos administradores da lista de Miguel Cadilhe não deveria concorrer.
Ouvido pela TSF, o empresário madeirense disse também que a lista de Santos Ferreira tem já um grande apoio, suficiente para que a lista de Miguel Cadilhe não tenha grandes hipóteses de sucesso.
«Santos Ferreira tem já uma vitória garantida, porque temos acordos assinados por accionistas, incluindo os accionistas com mais de dois por cento. Até mesmo, o próprio Jardim Gonçalves e a mulher. Temos a Sonangol e a Eureko. As possibilidades desta lista nova ter alguma conclusão boa é pouca», concluiu.
Sobre as acusações de interferência política neste caso lançadas por Miguel Cadilhe, Berardo negou-as, uma vez que a decisão sobre o apoio a Santos Ferreira se baseou apenas na sua qualidade.
«Quando nos unimos e decidimos sobre este homem, a nossa aposta foi que temos homem para podermos andar com a instituição para melhorar no futuro», comentou.
Em declarações à agência Lusa, o empresário adiantou ainda que vai analisar com advogados o alargamento do prazo para apresentação de candidaturas aos órgãos sociais do banco a pedido de Miguel Cadilhe.
Berardo estranha que este pedido tenha sido aceite pelo presidente da Mesa da Assembleia-geral do BCP, Germano Marques de Almeida, uma situação que permitiu que Miguel Cadilhe apresentasse uma lista alternativa à de Santos Ferreira.
«É um pouco estranho, mas isto é uma democracia. Mas é um caso que não é muito normal. Vamos esperar para analisar hoje com os advogados», explicou.