Silvio Berlusconi foi obrigado a abandonar a presidência do AC Milan na sequência da aprovação de uma lei sobre o conflito de interesses em Itália. O primeiro-ministro italiano confessou-se muito triste por ter de deixar o seu cargo no clube.
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O primeiro-ministro italiano confirmou, esta terça-feira, que vai deixar a presidência do AC Milan, na sequência da aprovação da nova lei da Autoridade Anti-monopólio sobre conflitos de interesses.
Questionado sobre a sua tristeza por abandonar o clube, Sílvio Berlusconi disse que esta se elevava a onze numa escala de zero a dez. Mesmo assim, o antigo presidente do clube milanês congratulou-se pelos títulos obtidos pelo seu clube desde 1986, data em que assumiu a liderança do AC Milan.
«De qualquer forma, nos anos em que fui presidente, ganhei mais do que qualquer pessoa, no que toca a provas internacionais», acrescentou Berlusconi, que disse desconhecer quem o irá suceder na presidência do clube milanês.
Desde 1986, os milaneses sagraram-se quatro vezes campeões europeus, tendo vencido ainda quatro Supertaças Europeias e duas Taças Intercontinentais.
O pecúlio do AC Milan de 23 títulos durante o «reinado» de Berlusconi inclui ainda sete campeonatos italianos, uma Taça italiana e cinco Supertaças do país.
A lei que forçou a saída de Berlusconi, que se notabilizou por ter obrigado o técnico Carlo Ancelotti a alterar o seu esquema táctico no AC Milan, foi aprovada em Julho.
A nova legislação impede qualquer membro do executivo de exercer qualquer outro cargo e de estar numa situação de conflito de interesses quando tomem decisões.
Embora seja permitida a posse de empresas, estas não podem ser geridas pessoalmente, nem é possível o exercício da acividade pessoal nos sectores da sua competência governamental.