O Bloco de Esquerda garantiu que vai votar favoravelmente a moção de censura ao Governo proposta pela PCP, a propósito das propostas do Executivo para o Código de Trabalho. Ana Drago explicou que se pretende confrontar o Governo com a «quebra de compromissos» que o Código de Trabalho configura.
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O Bloco de Esquerda assegurou o seu voto a favor na moção de censura vão Governo que vai ser proposta pelo PCP a propósito das alterações ao Código do Trabalho e que vai ser rejeitada pela maioria socialista.
Em declarações à TSF, a deputada Ana Drago explicou que com esta moção poderá começar a haver uma maior informação sobre as propostas que o Governo levou à negociação colectiva no que toca ao Código do Trabalho.
«De alguma forma, queremos confrontar o Governo com a fraqueza e a quebra de compromissos que, na prática, esta proposta configura», acrescentou a parlamentar do Bloco de Esquerda.
Bernardino Soares, o líder parlamentar dos comunistas, explicou que esta moção «corresponde, no plano parlamentar, aquilo que é o sentimento muito amplo entre os portugueses - o governo merece uma censura global».
Entre as preocupações dos comunistas estão o aumento dos impostos nos últimos três anos, o encerramento dos serviços públicos, incluindo os de saúde, e a política de «baixos salários e exploração de trabalhadores».
A segunda moção de censura ao Governo em menos de seis meses vai contar com a abstenção do PSD e do CDS-PP, partido que também tomaram a mesma posição quando foi votado uma moção de censura proposta pelo Bloco de Esquerda.
A abertura do debate estará a cargo do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, ao passo que o encerramento será feito pelo líder parlamentar, Bernardino Soares.
Da parte do Governo, as principais intervenções caberão ao primeiro-ministro, José Sócrates, e ao ministro do Trabalho, Vieira da Silva.