Os bombeiros estão a viver com muitas dificuldades a nível de equipamentos de frota e de protecção individual. O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses fala em frotas antigas e na necessidade de se continuar a investir nos equipamentos de protecção individual.
Corpo do artigo
O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses alertou para o facto de muitas corporações estarem a viver com imensas dificuldades a nível de frota e de equipamentos de protecção individual.
Ouvido pela TSF, Duarte Caldeira frisou que apesar da existência de cerca de nove mil veículos de combate a incêndios, muitos destes têm mais de dez anos de actividade operacional, chegando alguns a ter mesmo mais de 20 anos.
«Esse é um problema que existe de facto. Estamos a falar de veículos, de equipamentos de protecção individual do bombeiro no qual deverá continuar a investir-se de modo a dotar todos os corpos de bombeiros envolvidos», acrescentou.
Duarte Caldeira adiantou ainda que um terço das corporações de bombeiros têm falhas graves a nível do equipamento de protecção individual de combate a fogos florestais.
«Se direccionarmos esta reflexão à volta dos incêndios urbanos e industriais então esse défice é ainda maior», sublinhou Duarte Caldeira, que considera que os maiores problemas estão nos distritos de Vila Real, Viseu, Guarda, Viana do Castelo e Castelo Branco.
Estas dificuldades nas corporações de bombeiros acontecem no dia em que se inicia a fase "Bravo" de combate aos incêndios florestais, a segunda mais crítica, a seguir à fase "Charlie".
A fase "Bravo", que se prolonga até 30 de Junho, junta um total de 1601 equipas, que contam com 6625 elementos, 1592 veículos e 30 meios aéreos, a que se juntam dois helicópteros bombardeiros ligeiros da AFOCELCA, uma associação de empresas do sector papeleiro e da celulose, e outros agentes presentes no terreno.