Em Castro Daire, perto de Viseu, os bombeiros vão fechar as portas do quartel às 00:00. Em causa está um subsídio prometido para a compra de um auto-tanque. O valor que a corporação vai receber é mais baixo que o previsto.
Corpo do artigo
Com a garantia da comparticipação do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), os bombeiros de Castro Daire contraíram um empréstimo para comprar um novo auto-tanque, viatura que iria substituir uma com 35 anos e que estava inoperacional.
O custo total ronda os 125 mil euros, dos quais 68 mil seriam comparticipados. Há cerca de uma semana, a corporação recebeu um ofício no qual era garantido apenas um pagamento de 24 mil euros.
Os bombeiros de Castro Daire não podem pagar a diferença, por isso, o comandante João Cândido garante que à meia-noite vai fechar as portas do quartel.
«Temos um posto de INEM que vai funcionar, todos os outros serviços... não temos viaturas não podemos fazer nada. Os bombeiros não se demitiram das suas funções mas, não temos viaturas, não vamos andar a alugar taxis para fazer os serviços», explicou o responsável à TSF.
O empréstimo tem de ser liquidado mas o comandante assegura que não tem qualquer possibilidade de conseguir os 44 mil euros (nove mil contos) que o SNBPC vai deixar de pagar.
«Nove mil contos é uma fortuna para esta associação» de bombeiros, salienta João Cândido.
«Não podemos ficar a dever a toda a gente para fazermos aquilo que cabe ao SNBPC e que cabe ao Governo que é por os meios disponíveis ao serviço das populações», frisou.
Depois da meia-noite fica apenas a funcionar o INEM, os outros serviços ficam sob responsabilidade do coordenador distrital de Viseu.