Os estádios do Bessa Séc.XXI e o novo Municipal de Braga são hoje inaugurados, completando assim o leque dos dez recintos com que Portugal vai organizar o Campeonato da Europa de futebol de 2004.
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São dois clubes espanhóis que vão ajudar a fazer a festa em Braga e no Porto. O Boavista vai jogar com o Málaga e o Sporting de Braga defronta o Celta de Vigo. Os jogos estão marcados para as 21:00.
Os recintos desportivos que hoje abrem as portas aos adeptos têm capacidade para cerca de 30 mil adeptos, mas são fruto de concepções bem diferentes: o Estádio do Bessa Séc. XXI manteve-se sempre funcional e foi sofrendo consecutivas e significativas obras de ampliação, enquanto o Municipal de Braga é uma construção de raiz, inserida num parque urbano que vai mudar a face da zona Norte da cidade.
O projecto do estádio dos axadrezados é assinado por Mário Moura, foi o primeiro a começar as obras e é dos últimos a ser inaugurado para coincidir com o fim das comemorações do centenário do Boavista.
O Estádio de Braga é considerado a «jóia» dos novos estádios portugueses e um dos mais arrojados recintos para a prática de futebol em todo o mundo. Da autoria do arquitecto Souto Moura, o Estádio Municipal de Braga foi construído na encosta do Monte Castro, onde existia uma pedreira de que foram retirados um milhão de metros cúbicos de granito.
Tem, entre outras particularidades, o maior ecrã gigante dos estádios europeus (9X30 metros) que não vai estar totalmente operacional na festa de inauguração: «apenas vamos ter 90 metros quadrados a funcionar, mas estes já vão dar para se passar imagens não só da construção do estádio, mas imagens da cidade, do Sporting Clube de Braga», disse Mesquita Machado à TSF.
O presidente da câmara acredita que «o Estádio Municipal de Braga vai marcar em termos monumentais a nossa cidade». Mesquita Machado promete festa rija e muitas surpresas na inauguração do novo espaço: «iremos proporcionar aos espectadores um espectáculo inolvidável».
O estádio de Braga é também conhecido por uma significativa derrapagem orçamental que Mesquita Machado ainda não contabiliza.
«Tivemos numa primeira fase um afastamento de cerca de 700 mil contos, que não tem significado no volume da obra, e vamos agora ver, ao encerrarmos as outras empreitadas, quais são os desvios. É evidente que uma obra com esta envergadura, com esta dimensão, com estas dificuldades, é muito difícil fazer coincidir o valor da adjudicação com o valor final», acrescentou.
«O que foi lá feito, ninguém conseguiria fazer a mesma coisa por menos dinheiro», garante.