O Presidente norte-americano, George W. Bush, sublinhou esta segunda-feira, ao receber dirigentes da União Europeia, em Washington, que os Estados Unidos desejam uma «Europa sólida». O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, sentiu «compreensão» da parte dos EUA
Corpo do artigo
«Os Estados Unidos continuam a dar o seu apoio a uma União Europeia sólida como parceiro para atingir a liberdade, a segurança e a prosperidade no mundo», salientou Bush no início da conferência de imprensa na Casa Branca com o presidente em exercício da União Europeia, o primeiro-ministro luxemburguês, Jean-Claude Juncker.
Na conferência de imprensa final participaram também o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e o Alto Representante para a política externa da UE, Javier Solana.
EUA e UE a uma só voz
«Quando os Estados Unidos e a União Europeia falam a uma só voz, as pessoas compreendem melhor», lembrou o presidente norte-americano que se reuniu hoje de manhã (hora local) com os dirigentes das instituições europeias que se deslocaram a Washington para a cimeira anual entre os Estados Unidos e a UE.
Esta garantia ocorre numa altura em que os dirigentes dos 25 países europeus evidenciaram divisões profundas, na cimeira de Bruxelas do fim da semana passada, sobre as questões orçamentais para os próximos anos, tendo Juncker evocado na ocasião «uma crise profunda» das instituições europeias.
Lembrando o alargamento rápido da UE nestes últimos 10 anos, Barroso lembrou «não ser uma surpresa que, no âmbito deste processo, haja alguns problemas».
«Mas a União Europeia está lá, nós trabalhamos, tomamos decisões (à) e estamos empenhados numa relação muito estreita com os Estados Unidos», sublinhou o presidente da Comissão Europeia.
Bush disse, por seu lado, que as divergências entre os Estados Unidos e a União Europeia sobre a guerra lançada contra o Iraque em Março de 2003 «já ficaram para trás».
«Um sinal importante que as pessoas devem entender claramente é que houve divergências no passado sobre o Iraque, mas, agora que progredimos, é preciso que as pessoas trabalhem em uníssono para que a democracia iraquiana tenha êxito», disse o Presidente norte-americano.
Juncker, por seu lado, sublinhou a importância da conferência sobre o Iraque, que começa quarta-feira em Bruxelas.
Em várias declarações conjuntas aprovadas durante a sua cimeira anual, os Estados Unidos e a União Europeia sublinharam a sua proximidade de pontos de vista sobre o Líbano, o Irão e a Coreia do Norte.
Barroso sentiu «compreensão» da parte dos EUA
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, assegurou hoje em Washington que sentira a do presidente norte-americano, George W. Bush, «compreensão» sobre a crise na Europa e não «regozijo».
«O presidente norte-americano queria conhecer, compreender na medida do possível, o que se passou na Europa», acrescentou.