As pistas disponíveis sobre a autoria dos ataques de Londres ainda são escassas, mas a maioria das opiniões aponta para a rede terrorista al-Qaeda. Os mistérios sobre de onde são originários e como agem estes operacionais baralham a Europa.
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Ainda sem certeza, a pista que aponta para a autoria da al-Qaeda, rede terrorista liderada por bin Laden, é a que tem sido mais comentada.
O ministro do Interior britânico, Charles Clarke, que alertou para a possibilidade de se verificarem mais ataques em solo britânico.
O responsável afirmou ainda que os investigadores estão a levar em consideração uma pista surgida na quinta-feira.
Trata-se do documento divulgado na Internet no qual uma organização que se auto-denomina «Grupo secreto da Jihad da al-Qaeda na Europa» afirma estar por detrás dos ataques.
Embora ninguém conheça o grupo que reivindicou os atentados os especialistas estão de acordo que os ataques têm a marca da al-Qaeda. Basta que verifiquemos as semelhanças com os atentados de Madrid.
Os explosivos, os transportes públicos, a simultaneidade dos vários ataques, a tentativa de fazer o maior número de vítimas possível e o facto de aparentemente não ter sido utilizado nenhum bombista suicida.
Os analistas lembram que estas são características inconfundíveis dos operacionais da organização al-Qaeda. Mas se é assim, quem são as células que têm espalhado o terror em atentados como Londres ou Madrid?
Os especialistas acreditam que são grupos de imigrantes árabes espalhados pela Europa, autónomos entre si, as chamadas células adormecidas que estão prontas a lançar em qualquer momento um ataque em qualquer país europeu. Há quem diga que são dez mil, os potenciais terroristas a residir na Europa.
Entre os analistas há igualmente quem recorde o 11 de Março em Madrid e recorde que neste caso os operacionais vieram do norte de África, o que a repetir-se em Londres deitaria por terra a ideia de que os atentados teriam sido preparados e executados por quem vive no continente europeu.
As autoridades britânicas vão receber, esta sexta-feira, o apoio de uma equipa espanhola, especializada na investigação de atentados.
Esta manhã o jornal «The New York Times» indica que a bomba que explodiu no autocarro londrino teria um outro destino e as três explosões subterrâneas foram causadas por bombas relógio.