As Assembleias Municipais do Cadaval e de Torres Vedras querem que sejam apuradas responsabilidades dos problemas ambientais causados pelo mau funcionamento do aterro sanitário do Oeste, uma infra-estrutura que recebe o lixo de 14 municípios.
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A Assembleia Municipal do Cadaval (concelho onde se situa o aterro em funcionamento há um ano), através de uma moção aprovada sexta-feira, apela para que seja apresentada uma queixa à Comissão Europeia «pelos erros de localização, concepção e exploração causadores de graves danos ambientais para o aquífero e para as populações».
Um dos problemas está relacionado com o escorrimento de águas lixiviadas (provenientes da decomposição do lixo) para linhas de água pela estação de tratamento não estar a funcionar.
Os fortes maus cheiros provocados pelo enchimento de um alvéolo com lixiviados a céu aberto também estão a causar complicações.
A Assembleia Municipal de Torres Vedras aprovou também sexta-feira uma moção apresentada pelo presidente da Junta de Freguesia de Outeiro de Cabeça, uma das povoações mais próximas do aterro.
«As populações sofrem na pele diariamente a consequência do mau funcionamento desta infra-estrutura», diz o documento.
A moção refere ainda que «os problemas não são apenas apenas dos concelhos de Torres Vedras e do Cadaval, mas de todas as autarquias accionistas, embora minoritárias da Resioeste (empresa que gere o aterro)».