A Câmara do Porto cortou a iluminação no Teatro Rivoli e colocou o ar condicionado no máximo numa tentativa de acabar com o protesto de um grupo de actores e espectadores que se mantêm barricados há mais de 30 horas.
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O director do Teatro Plástico, Francisco Alves, explicou que a luz foi cortada cerca das 23:30, com excepção da zona da plateia, altura em que o ar condicionado foi também colocado no máximo do frio.
«Há pessoas que já se estão a ressentir disso, mas ainda assim prometem manter-se aqui até que os nossos objectivos sejam alcançados porque não será com manobras destas que nos irão vencer», afirmou.
Em contrapartida, sublinhou, foi criada uma rede de solidariedade «muito bonita e calorosa» que envolve desconhecidos, amigos e até vizinhos do teatro.
Segundo Francisco Alves, «tudo indica que a Câmara se esteja a preparar para retirar os manifestantes à força».
O director do Teatro Plástico disse ainda que a ministra da Cultura já manifestou disponibilidade para se reunir com o grupo, faltando apenas agendar a hora e o local da reunião.
Relativamente ao concerto de Luís Represas, agendado para as 21:30 de hoje, e cujas receitas revertem a favor de uma associação que luta contra a paramiloidose (doenças dos pezinhos), Francisco Alves reafirma que existem condições para a sua realização.