Milheres de camionistas prosseguem desde segunda-feira uma greve contra os aumentos de combustíveis. O ministro italiano dos Tranmsportes já pediu o fim do protesto, mas os sindicatos já disseram que o vão continuar esta paralisação até sexta-feira.
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Milhares de camiões continuam parados nas estradas italianas na sequência da grave dos camionistas contra o elevado custo dos combustíveis que se arrasta desde segunda-feira.
A paralisação tem provocado, em particular, dificuldades no abastecimento de combustíveis nas gasolineiras e de alimentos frescos nos supermercados.
Na terça-feira à noite, o ministro italiano dos Transportes tinha ordenado o fim da greve a partir desta quarta-feira, contudo, os sindicatos já anunciaram a intenção de prosseguir com o protesto.
Citado pela agência italiana Ansa, o responsável nacional do principal sindicato do sector, Maurizio Longo, explicou que a ordem que partiu do governo italiano «não tinha valor jurídico», porque violava «os procedimentos de conciliação previstos no Código do Trabalho».
Entretanto, a secretaria de Estado das Comunidades já disponibilizou dois números de telefone de emergência (00393343751123 e 00393474919948) para os camionistas que se encontram retidos em Itália devido à greve do sector e que precisem de apoio diplomático.
A cerca de 120 quilómetros da fronteira com a Itália, ainda em França, está o camionista português, José Bata, que receia poder ficar sem comida e dinheiro, por causa desta paralisação.
«Não estávamos a contar com isto. Se não chegarem a acordo vamos ficar aqui parados até sexta-feira. Não temos meios financeiros, nem ganhámos dinheiro, porque estamos aqui parados», explicou.
José Bata indicou também que está acompanhado por cerca de 150 a 200 outros camiões na estação de serviço onde o camião que conduz está estacionado e que neste local já não há lugar para mais ninguém.