A Direcção Geral de Fiscalização e Qualidade Alimentar visitou 110 cantinas públicas e privadas e os resultados a que chegou não são animadores: 60% apresentam falhas na gestão da higiene alimentar. A falta de condições estruturais é o maior problema.
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A maioria das cantinas inspeccionadas pela Direcção Geral de Fiscalização e Qualidade Alimentar (DGFQA) apresenta falhas. Foram visitados refeitórios de hospitais, creches e empresas públicas e privadas e o resultado foi pouco animador.
Luísa Gonçalves, directora da área de serviços da DGFQA, constatou que 60 por cento dos 110 estabelecimentos inspeccionados apresentam falhas nas instalações e na conservação dos alimentos.
«Falta de condições estruturais, alguma falta de higiene, temperaturas incorrectas, produtos com rotulagem deficiciente e falta de autocontrolo, isto é, de procedimentos de segurança adequados, são as situações mais frequentes», afirmou.
A falta de condições estruturais ocupa o primeiro lugar da lista de infracções que Luísa Gonçalves descreveu à TSF.
«Paredes que não se encontram higienizadas e em degradação acentuada com a acumulação de sujidade, os próprios resíduos sólidos resultantes da laboração muitas vezes são guardados em contentores não devidamente protegidos», explicou.
As inspecções foram realizadas em Outubro e Novembro passados, a acção resultou na instauração de 66 processos, os estabelecimentos já foram notificados para efectuarem as devidas alterações uma vez que serão alvo de uma segunda inspecção.