António Capucho não disse se irá apoiar Aguiar-Branco, que quer afastar Luís Filipe Menezes da liderança do PSD. Carlos Encarnação e Ângelo Correia dizem que não é tempo para fazer mudanças no partido.
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O presidente da Câmara Municipal de Cascais recusou-se dizer se vai apoiar a intenção de José Pedro Aguiar-Branco, que pretende afastar Luís Filipe Menezes da liderança do PSD.
Apesar disto, António Capucho confessou afinidades políticas com o ex-ministro da Justiça e apontou alguns erros à actual liderança dos sociais-democratas, referindo-se, em particular, ao acordo relativo às leis eleitorais.
«Quebrou compromissos, cedendo a pressões que considero absolutamente inaceitáveis», acrescentou este militante social-democrata, que também não gostou da reacção do partido relativamente ao programa que Fernanda Câncio vai fazer na RTP.
António Capucho, que classificou as posições do partido como «erráticas» e «confusas», criticou ainda as várias posições que o partido tem tido sobre a terceira travessia do Tejo.
Por seu lado, o autarca de Coimbra entende que ainda não é altura para se avançar para uma substituição do líder do partido, que, na opinião de Carlos Encarnação, deveria chegar ao fim do seu mandato.
O presidente da câmara de Coimbra, que não ficou surpreendido pelo avanço de Aguiar-Branco, entende ainda que todos os candidatos à liderança do partido devem apresentar as suas candidaturas, o que demonstra que o PSD é «muito rico em personalidades».
O presidente da Mesa do Congresso do PSD também entende que ainda não é altura nem para uma nova liderança nem sequer para a antecipação de um congresso do PSD, tendo em conta que Luís Filipe Menezes foi eleito através de eleições directas.
«Os órgãos sociais do partido foram eleitos num congresso há seis meses. Os congressos têm uma periodicidade de dois anos. Devemos esperar pelo tempo próprio e não vejo razões nenhumas para estar a subscrever a tese de antecipar eleições», acrescentou Ângelo Correia.
O secretário-geral do PSD também se mostrou de acordo com a posição tomada por Ângelo Correia, mas contactado pela TSF, recusou fazer uma declaração gravada sobre a questão.