Toda a criança nascida no novo milénio tem o direito de viver, pelo menos, até aos 65 anos sem sofrer de uma doença cardiovascular evitável, diz a Carta europeia para a Saúde do Coração, um documento que sugere políticas e estratégias aos Estados-membros e às organizações supra-nacionais para combater e prevenir a doença.
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O diagnóstico da realidade mostra que é urgente intervir contra prolemas cardiovasculares. O Presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, Hugo Madeira, remete a responsabilidade de se obter resultados rápidos para os decisores políticos.
«Há um pacote de medidas que se baseia em conhecimentos e que, com a ajuda dos profissionais de saúde, da publicidade e dos órgão de comunicação social, podem ter resultados positivos num futuro próximo», salienta.
Há oito dias, os ministros da Saúde da União Europeia aprovaram uma recomendação aos Estados-membros para divulgarem o conteúdo desta carta.
Mas, nesta tarefa, Maria do Céu Machado, Alta Comissária para a Saúde, apela ao envolvimento e empenho não só de profissionais de saúde, como de educadores e autarcas:
«Tudo isto passa não só pela educação, mas por outros profissionais como os autarcas. Esta Carta do Coração é muito importante para se poder fazer qualquer coisa em concreto», avisa Maria do Céu.
Para já, a Carta europeia para a Saúde do Coração não passa de um acordo de princípios e aguarda ainda uma assinatura formal.