Quatro meses depois dos fogos de Verão, no Algarve, há ainda quem esteja a viver provisoriamente em casa de amigos ou familiares já que as casas destruídas pelo fogo ainda não foram reconstruídas.
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Das 45 habitações atingidas pelos incêndios só avançaram obras em 12, e até ao Natal apenas duas famílias deverão ter as suas casas prontas.
A comissão distrital de apoio às vítimas dos incêndios reuniu no mês passado e distribuiu a responsabilidade financeira da reconstrução, um total de um milhão e seiscentos mil euros, por várias entidades: Cruz Vermelha, Caritas Diocesana e o Banco Espírito Santo.
O presidente da Junta de Marmelete, a zona mais atingida pelos incêndios, não percebe a demora da reconstrução.
«Se já está definido quem vai apoiar a reconstrução certamente haverá meios e dinheiro para reconstruir, não sei porque esperam as entidades que estão a coordenar», disse.
Por seu lado, o presidente da Câmara Municipal de Monchique, Carlos Tuta, explicou que talvez na Páscoa esteja terminada a reconstrução de habitações.
Na serra de Monchique as chamas do último Verão não queimaram apenas casas, mas também terras e animais. Os produtores pecuários continuam a contabilizar prejuízos.
Pela floresta queimada os produtores pouco recebem. Afonso Torrinha, produtor pecuário e agricultor, em declarações à TSF, afirmou que perdeu este Verão toda uma vida de trabalho.
Os habitantes de Monchique questionam-se agora sobre os motivos para a demora na reconstrução das casas e atribuição de verbas.