Nove castores oferecidos pelo governo norueguês vão ser reentroduzidos nos pântanos de Kent, no sudoeste de Inglaterra, de onde tinham desaparecido há mais de mil anos, segundo o diário britânico «The Times».
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Seis dos nove castores cedidos pela Noruega foram sujeitos a uma quarentena de seis meses antes de serem confiados à Fundação para a natureza da região de Kent (Kent Wildilife Trust). Esta foi a primeira inciativa deste género em Inglaterra, país onde os diligentes roedores foram extintos há cerca de mil anos atrás.
Os outros três animais vão ser conservados pela Fundação para efeitos de reprodução.
O local exacto onde os animais vão ser instalados em Kent permanecerá secreto a fim de evitar a tentação da caça clandestina, segundo declarações de um porta-voz da Fundação ao «The Times».
Esta operação não é motivada apenas pela reentrodução destes mamíferos na paisagem inglesa, mas também porque se chegou à conclusão que a dieta dos castores, principalmente à base de plantas e arbustos, ajudará a controlar os cursos de água atacando a vegetação parasita, o que poderá prevenir inundações.
Os responsáveis pela experiência esperam ver os resultados para poderem introduzir os castores em outras regiões da Grã-Bretanha, como afirmou Simon Lyster da Fundação para a Natureza de Kent.
O castor europeu (Castor fiber) desapareceu de Inglaterra no século XII e da Escócia no século XVII, vítima dos caçadores que procuravam o seu pêlo para vestuário.