O Presidente da República garantiu que «nenhum concelho será asfixiado» numa resposta a preocupações do autarca de Terras de Bouro a propósito da nova Lei das Finanças Locais. Cavaco Silva recebe a 2 de Outubro a Associação Nacional de Municípios que critica esta lei.
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O Presidente da República assegurou, este sábado, que «nenhum concelho será asfixiado» numa reacção a preocupações do presidente da câmara de Terras de Bouro a propósito da nova Lei das Finanças Locais.
«Seria muito mau para o país que um concelho como este se desertificasse completamente, de modo a que não se justificasse a existência do poder local», afirmou Cavaco Silva em resposta ao autarca social-democrata António Afonso.
O chefe de Estado disse mesmo que se «imaginasse que se poderia ir por esse caminho, não se teria candidato a Presidente da República», frisando que acredita na «cooperação entre as instituições de Estado, em defesa das áreas do Interior».
Antes, ainda em Arcos de Valdevez, Cavaco tinha-se recusado a comentar a proposta de Lei das Finanças Locais, que tem provocado críticas duras por parte da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).
«O Presidente da República não toma posição sobre a Lei das Finanças Locais porque ela ainda está em discussão. O Presidente da República tomará posição no momento adequado», disse então o chefe de Estado.
Nessa altura, Cavaco Silva tinha-se também referido à audiência que vai conceder a 2 de Outubro à ANMP, encontro solicitado por esta associação, e onde o Presidente da República quer essencialmente «ouvir».