O Presidente da República desafiou, esta terça-feira, os países lusófonos a passarem «das palavras aos actos» na defesa da língua portuguesa e adiantou que essa será uma das prioridades da presidência portuguesa da CPLP, no segundo semestre deste ano.
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O Presidente da República defendeu, esta terça-feira, a necessidade de os países lusófonos passarem «das palavras aos actos» na defesa da língua portuguesa, encarando-a como um «interesse estratégico conjunto».
«Quanto melhor cultivarmos o uso da nossa língua, mais respeitados seremos no mundo e maior será o reconhecimento do seu valor universal», disse Cavaco Silva.
Para o chefe de Estado «são precisas realizações concretas e iniciativas palpáveis, para que, no plano interno de cada um dos países em que é língua materna ou língua oficial, se promova eficazmente o conhecimento e o domínio do português falado e escrito».
O Presidente da República, que falava na abertura do colóquio "Português, língua global", organizado no âmbito da sua visita oficial a Moçambique, explicou que o conceito de “língua global” determina que muitos países «lhe atribuam um lugar de relevo», fomentando o seu ensino como língua estrangeira.
«Por entendermos a valorização da língua portuguesa como interesse estratégico, posso confirmar que será essa uma das prioridades da presidência portuguesa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)», que terá lugar no segundo semestre de 2008, anunciou.
Para reforçar a sua mensagem, Cavaco lembrou que a língua portuguesa tem «mais de 220 milhões de falantes nativos», é «a quinta língua mais falada no mundo» e possui estatuto de idioma oficial em organizações como a UE, Mercosul e União Africana.