O Faial vai dispor, em Maio de 2008, de um centro de interpretação do vulcão dos Capelinhos. Trata-se de uma obra que o Presidente da República considerou importante para preservar a memória do fenómeno que atingiu a ilha açoriana.
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Esta inovação, que representa um investimento de cerca de seis milhões de euros, «impressionou-me verdadeiramente», salientou Cavaco Silva depois de ter visitado o vulcão dos Capelinhos, numa altura em que se comemora os 50 anos do início da última erupção.
O Chefe de Estado, que cumpriu hoje o segundo dia de uma visita aos Açores, destacou que o centro, que está a ser construído junto ao vulcão, vai ser importante «para as gerações futuras» saberem que o fenómeno natural aconteceu e que mudou a vida de muitos açorianos.
«Recordo-me das imagens impressionantes» da catástrofe, disse o Presidente da República, que destacou, ainda, o papel dos Estados Unidos da América após a erupção que durou cerca de 13 meses.
Num dia dedicado em grande parte aos Capelinhos, o chefe de Estado assistiu, ainda, à estreia da peça musical «O que me diz a brisa dos Capelinhos - Setembro de 1957, in memoriam».
Com a duração de 20 minutos e um total de sete andamentos, a peça, da autoria do compositor Eurico Carrapatoso, foi encomendada pela Comissão Executiva das Comemorações dos 50 Anos do Vulcão dos Capelinhos.
A obra pretende despertar «sensações» desde o fenómeno da emigração que se verificou nesta altura, à dor da saída e da despedida da ilha e à energia dos que optaram por ficar no Faial.
Segunda-feira, terceiro dos cinco dias da visita de Cavaco Silva aos Açores, é dedicada a uma jornada do Roteiro da Ciência, desta feita sobre as ciências e tecnologias do mar.